De : híbrida de chá
Enviado: quarta-feira, 23 de novembro de 2005 19:20:58
Para: Tatiana M.
Assunto: capítulo final
...
É apenas um título. O título de um e-mail(secXXI) da vida REAL!!!
Talvez represente sim, um FIM. O fim de noites tórridas de sexo, paixão, e porque não?... Amor.
O fim de situações mal-resolvidas, mentiras e choros incontroláveis.
De abismos e signos incompatíveis.
...
26.11.05
sábado a noite...
...
"...Come all ye lost
Dive into moss
I hope that my sanity covers the cost
To remove the stain of my love
Paper mach?
Come all ye reborn
Blow off my horn
I'm driving real hard
THIS IS LOVE, THIS IS PORN
God will forgive me
But I, I whip myself with SCORN, SCORN
I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
I remember december
And I wanna hear what you have to say about me
Hear if you're gonna live without me
I wanna hear what you want
What the hell do you want?..."
(I remember)
21.11.05
me sinto uma velha, uma velha pirrónica. já me acho bem pirrónica. então não me chame de dramática. não queira tirar toda essa melancolia de mim. por quê, você quer tirar isso de mim também? agora eu quero os dogmas errados, as falsas transcendências. agora eu só quero saber de promiscuidade e álcool. talvez aí eu pare de me apaixonar por cérebros, por pessoas que escrevem corretamente, por pessoas boas mas que também maculam. é provável que eu queira essa minha ignorância pra sempre. nunca me achei boa o suficiente, mas se eu fosse boa o suficiente, quem eu seria?
eu vou deixar de ser viadinha, ah vou!
eu vou deixar de ser viadinha, ah vou!
14.11.05
Eu sei, eu sei. Vim aqui porque aqui não tenho história, não sou ninguém.
Deite e role na cama em que afundamos, meu bem. Minha mão é sua.
Tenho apenas algumas fatias de choros partidos, fibras quebradas como um plástico derretido. Por vezes, meus olhos se enchem de àgua, e eu desejo só mais uma vez sentir o seu desejo por mim.
Na ausência dos meus olhos, te acho. Penso no sentimento de imaginar a distância de nossas bocas. Apenas acho, e esse achar se torna angústia.
Não diga que o poema é feio, que sou melosa.
Sei que é um engano, mas, permita-me.
Deitada, busco tua língua na minha. Dedos na alma.
Covinhas ao lado do sorriso. Pele.
Somos duas nesse barco, somos nossos umbigos ao vento.
Não entenda. Não entendo. Não pense. Não tente. Poesia? Pra quê? Não precisa. Não comece. E tem mais. Não valho nada.
...
Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin` special
I wish I was special
I don't belong here
...
Deite e role na cama em que afundamos, meu bem. Minha mão é sua.
Tenho apenas algumas fatias de choros partidos, fibras quebradas como um plástico derretido. Por vezes, meus olhos se enchem de àgua, e eu desejo só mais uma vez sentir o seu desejo por mim.
Na ausência dos meus olhos, te acho. Penso no sentimento de imaginar a distância de nossas bocas. Apenas acho, e esse achar se torna angústia.
Não diga que o poema é feio, que sou melosa.
Sei que é um engano, mas, permita-me.
Deitada, busco tua língua na minha. Dedos na alma.
Covinhas ao lado do sorriso. Pele.
Somos duas nesse barco, somos nossos umbigos ao vento.
Não entenda. Não entendo. Não pense. Não tente. Poesia? Pra quê? Não precisa. Não comece. E tem mais. Não valho nada.
...
Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin` special
I wish I was special
I don't belong here
...
12.11.05
criar.
e quem disse que isso ou aquilo precisa ser do jeito que todo o mundinho pensa? estou bêbada! mas bêbada percebo que és o céu da minha boca. que durmo na tua calçada. me espera, só assim serei o teu cabelo, o teu ventre. o teu aborto. deita aqui nessa calçada comigo. habita, por favor, esse mundo que eu vivo. percebes que a minha boca lateja? e tú, não sobremesa do meu paladar? enxerga essa alma sebosa que te apura. faz sexo com esse ser que te procura.
chupa essa minha alma.
és minha, idiota!
percebes?
bêbada também estais, porque estais a me ninar, pureza do meu estar. fica comigo. amante do meu abismo. não faz esse cú doce. o cú eu não dou. aviso-te. espera-me.
sou tua. pra sempre. tua. sempre.
e quem disse que isso ou aquilo precisa ser do jeito que todo o mundinho pensa? estou bêbada! mas bêbada percebo que és o céu da minha boca. que durmo na tua calçada. me espera, só assim serei o teu cabelo, o teu ventre. o teu aborto. deita aqui nessa calçada comigo. habita, por favor, esse mundo que eu vivo. percebes que a minha boca lateja? e tú, não sobremesa do meu paladar? enxerga essa alma sebosa que te apura. faz sexo com esse ser que te procura.
chupa essa minha alma.
és minha, idiota!
percebes?
bêbada também estais, porque estais a me ninar, pureza do meu estar. fica comigo. amante do meu abismo. não faz esse cú doce. o cú eu não dou. aviso-te. espera-me.
sou tua. pra sempre. tua. sempre.
9.11.05
A mágoa invade meu crânio e enche meus olhos, meu corpo. Questões morais não fazem mais sentido, e eu só preciso dormir.
Pisar sem ver o chão.
Segurar meus cabelos e continuar.
Enfrentar a areia e seguir.
A esse ponto, tudo parece comigo. Eu mesma estranho.
Eu mesma estranho meus brincos, meu perfume, minhas saias. Estranho meus pés.
Eu mesma junto meus entulhos, moldo as minhas frases.
E eu decidi que vou jogar tudo fora. Só assim terei silêncio, ao menos dentro de mim. O vazio que eu tanto gosto.
A menina é só uma risada gostosa. Insistente. Emitindo sensações de medo e dor. Doçura. Um lençol. Uma cortina.
Os meus lábios cortados, o cartão do banco perdido.
O meu quarto claro.
As roupas pelo chão.
O quadro, a estrada, as árvores...
A minha vontade é rasgar essa pele que me cobre, para que meu espírito se liberte desse corpo tão pequeno, onde não cabem as minhas tão inúmeras idéias!
Pisar sem ver o chão.
Segurar meus cabelos e continuar.
Enfrentar a areia e seguir.
A esse ponto, tudo parece comigo. Eu mesma estranho.
Eu mesma estranho meus brincos, meu perfume, minhas saias. Estranho meus pés.
Eu mesma junto meus entulhos, moldo as minhas frases.
E eu decidi que vou jogar tudo fora. Só assim terei silêncio, ao menos dentro de mim. O vazio que eu tanto gosto.
A menina é só uma risada gostosa. Insistente. Emitindo sensações de medo e dor. Doçura. Um lençol. Uma cortina.
Os meus lábios cortados, o cartão do banco perdido.
O meu quarto claro.
As roupas pelo chão.
O quadro, a estrada, as árvores...
A minha vontade é rasgar essa pele que me cobre, para que meu espírito se liberte desse corpo tão pequeno, onde não cabem as minhas tão inúmeras idéias!
Subscribe to:
Posts (Atom)